sexta-feira, 16 de julho de 2010

volta, não volta

Não teve jeito, a mãe do pacotinho foi obrigada a tomar uma atitude. O sétimo dia sem o danadinho em casa chegou sem notícias de saudade ou retorno. A avó até que tentou animar a turma do lado de cá do rio dizendo
- Acho que ele sonhou com você! Foi o primeiro dia que falou o seu nome!
- Ah! que animador! Quando ele volta?
- Hoje não mamãe, só amanhã
E a mãe se viu impelida a ir vê-lo, e foi. Quando chegou ele dormia cheiroso e quentinho. Beijou, cheirou, fez carinho, deitou do lado e ficou esperando. Quando acordou, ele ficou muito feliz em rever o irmão, pulando na cama. Não se animou muito com a mãe, não quis que ela lhe desse o jantar, não quis ficar no colo, não quis carinho. Crescido, contava tudo o que fez nessa semana. Não usava mais fralda, sabia os horários dos remédinhos homeopáticos, colocava sozinho o sorinho no próprio nariz. Olhou bem nos olhos da mãe e perguntou:
- Ainda é férias, vou ficar aqui. (imaginem o mini-humano falando firme assim!)
- Mas tem mais férias filho, tem a viagem com o papai!
O silêncio dele demonstrou algum sentimento e que um certo vínculo existe entre os dois mundos. Insistir não ia adiantar. E mais uma vez ele conseguiu. A volta ficou para amanhã.

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