domingo, 31 de março de 2013

Crescendo


Felipe, 5 anos e 7 meses, 21 kg, 114 cm de altura.
Jonas, 3 anos e 2 meses. 16 kg, 102 cm de altura

Dois na bossa



domingo, 17 de março de 2013

Salgado ou salgadinho?

O pai do Jonitas diz:
- Jojô, você quer um doguinho (enroladinho de salsisha)? Come, de café da manhã.
- Não papai eu quero o salgado* (risoli de carne frito)
- Jojô não pode, é fritura! Logo cedo...não pode!
- Ah! Então tá! - e comeu o salgadinho amanhecido da festa de aniversário do amiguinho Daniel.

xx

sábado, 16 de março de 2013

Eu sou igual a Obax!


Jojô sai do banho todo ensopado e saltitante, logo a mãe dá uma secada rápida, lhe passa a toalha pelos cabelos para tirar o excesso de água. O cabelo do menininho está comprido e cacheado, faz curvas incríveis e com o peso da água ficam mais definidos. Ele chacoalha a cabeça de um lado para o outro curtindo a sensação do cabelo bater e respingar em seu rosto. Depois pede para que a mãe o pegue no colo para ver o resultado no espelho de adulto. Todo preso, e enrolado na toalha ele olha para si e para mãe com um sorriso irresistível de satisfação. A mãe o solta e ele corre pelado para o quarto para  conferir em seu próprio espelho e diz:

-       Olha! Meu cabelo é uma árvore!  Cheio de raízes!
-       Igualzinho o da Obax (menininha do livro de histórias por quem ele se apaixonou)!


Cacho molhados
Cachos rebelados

Encontrou um ponto de encontro. Coisa linda observar aquele tronquinho de gente entender da vida quase tudo! 



Os cachos de querubim do Jojô

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sentido tristeza


Ainda ouvindo o mesmo disco das canções do Jorge Mautner a caminho da aula, o Pacotinho prestou atenção nos primeiros acordes de “Vampiro”. Mal o violão começou a tocar e a voz susurrar,  ele disse:
          - Essa música me deixa triste.
- Dá uma sensação estranha...
Ele só relaxou quando a mãe começou a brincar com a letra para que ele não fosse tão fundo no sentimento e acabou morrendo de rir com a maneira de cantar do Caetano Veloso, e foi encontrando na letra uma declaração de amor, um beijo e a palavra cara de pau. Não entendeu tudo, mas percebeu que a tristeza é feita de muitos outros sentimentos.

xx

quarta-feira, 13 de março de 2013

Pega azul!

Hoje a mãe do pacotinho apresentou uma nova música para os meninos de propósito. Foi no carro, sábado de manhã, a caminho da aula de pintura. Um dia lindo, ensolarado de céu azul. O pacotinho levava um rolo com seus desenhos e estava com vontade de pintar, isso dito de maneira espontânea (as vezes ele culpa a mãe). O CD que ele ouviu não é de criança, mas tem uma música linda que conta/canta a lenda do Pégasu, o cavalo alado da mitologia grega. Sem entrar muito em detalhes a mãe colocou o disco e disse o nome do compositor (Jorge Mautner) e do cantor (Moraes Moreira) e disse que ele, o cantor, é baiano. Os meninos começaram a ouvir uma, duas, três, mais de 10 vezes a música até cantarem juntos o bordão final “Pégasu, Pégasu, Pégasu, pega azul... Pégasu!”.

Como previsto a música gerou muitas questões. Muitas palavras novas, muitos pássaros de nomes estranhos. O Jonitas estranhou muito que o pássaro da música fosse um “passarinho feio” como se isso não pudesse existir. O pacotinho queria saber o significado da palavra pretencioso, o porque da cegonha ser sagrada, como é um colibri, um abutre e as asas da quimera... foi procurando novos elementos a cada audição. “Mas, porque ele nunca estava contente?”

E finalmente, juntando as pontas o pacotinho perguntou: “Porque um cantor baiano resolveu cantar uma lenda grega?” Ah pacotinho... o mundo é muito mais bonito misturado.

Era uma vez, vejam vocês, um passarinho feio
Que não sabia o que era, nem de onde veio
Então vivia, vivia a sonhar em ser o que não era
Voando, voando com as asas, asas da quimera
Sonhava ser uma gaivota porque ela é linda e todo mundo nota
E naquela de pretensão queria ser um gavião
E quando estava feliz, feliz, ser a misteriosa perdiz
E vejam, então, que vergonha quando quis ser a sagrada cegonha
E com a vontade esparsa sonhava ser uma linda garça
E num instante de desengano queria apenas ser um tucano
E foi aquele, aquele ti-ti-ti quando quis ser um colibri
Por isso lhe pisaram o calo e aí então cantou de galo
Sonhava com a casa de barro, a do joão-de-barro, e ficava triste
Tão triste assim como tu, querendo ser o sinistro urubu
E quando queria causar estorvo então imitava o sombrio corvo
E até hoje ainda se discute se é mesmo verdade que virou abutre
E quando já estava querendo aquela paz dos sabiás
Cansado de viver na sombra, voar, revoar feito a linda pomba
E ao sentir a falta de um grande carinho então cantava feito um canarinho
E assim o passarinho feio quis ser até pombo-correio
Aí então Deus chegou e disse: Pegue as mágoas
Pegue as mágoas e apague-as, tenha o orgulho das águias
Deus disse ainda: é tudo azul, e o passarinho feio
Virou o cavalo voador, esse tal de Pégaso

No final o Pacotinho e Jonitas pegam embalo e cantam rápido: Pega o azul, pega o azul, pégasu, pégasu, pégasuuuuuu! 
xx

terça-feira, 12 de março de 2013

Golpe de mestre!


Jonitas sempre acorda muito feliz, lépido e energético, pede para ir para a sala, tira a fralda, vai fazer seu cocô no banheiro e chama a mãe para limpá-lo.
- Jojô! Olha só como você não está comendo muito bem. Seu cocô está verde! Precisa comer fruta e almoçar direito hoje – a mãe decretou a sentença.
- Não mamãe! Cocô está verde por causa do brócolis! O brócolis que eu comi ontem!
- Ah! Entendi. – reiterando mentalmente o episódio da noite anterior... afinal, ele havia comido ou não o jantar? Na dúvida, preferiu reforçar o pedido – Vai comer tudo hoje Jojô! 
- Tudo bem mamãe - responde o malandrinho - mas meu cocô verde foi o brócolis! Felipe! Meu cocô está verdinho! 

Jonitas só na malandragem
xx