quinta-feira, 29 de julho de 2010

recadinho

Da mãe do Pedro Henrique, amigo um ano mais novo do pacotinho.
"Ontem estive aí no prédio e falei para o Pedro Henrique: você lembra que o Felipe mora aqui? Aí ele respondeu: E o Jonas... lindo não?"

Mais tarde, no mesmo dia os dois se encontram, o pacotinho e o Pedro Henrique. Inconformado ele perguntava "Porque o Pedrinho se mudou mamãe? Porque ele se mudou?

Ai, difícil responder... mudar, crescer...

xx

quarta-feira, 28 de julho de 2010

uma irmãzinha!

O pacotinho, pronto para dormir, de pijamas, vindo da casa da vó Marta senta no sofá e fica de chamego no colinho da mãe.
Conversando a mãe conta que fez o irmãozinho especialmente para ser companheiro de uma vida inteira dele. Ele, maroto, pediu "Eu quero uma irmãzinha!". "Como assim? responde a mãe, "Jonas já não dá trabalho suficiente?" "Não tem problema, ela dorme no berço e você tem dois mamás" simplifica ele apontando os dois peitos.
xx

segunda-feira, 26 de julho de 2010

delicia

Sabe o que o pacotinho faz de mais gostoso? É quando melado de chocolate te enche alguem de beijo. E beija o rosto, a boca, o olho e termina com um abracinho gostoso.
xx
mamãe

sábado, 24 de julho de 2010

as boas do pacotinho

- Ao telefone "mamãe, não vem me buscar não. Tô se divertindo muito"

- brinquei bastante, mais bastante, mais bastante. Fui na praia, no escorregador, no balanço...

- quando encontrou com a mãe em Termas de Ibirá "Eu vendi! Mamãe, eu vendi a nossa casa e comprei a casa da árvore"

- agora ele já sabe ligar para as pessoas queridas. Alguém vai cantando os números e ele vai discando.

- E quando o pacotinho vai voltar às aulas? "Só quinze de outubro!"

terça-feira, 20 de julho de 2010

se mandou


ainda em ritmo de férias, lá se foi o pacotinho. Voltou da casa da avó somente para ir ao aniversário do Miguel, irmão do Martin, refazer a mala, e ir para Catanduva com o pai. E quando o papai perguntou se ele queria viajar de ônibus ou de carro, ele nem pensou, escolheu o ônibus.
xx

segunda-feira, 19 de julho de 2010

sem fralda!

Que o pacotinho fugiu de férias para casa da avó todo mundo sabe. O que niguem sabe é que ele tomou algumas atitudes sozinho. A saideira da casa dos pais foi assim: "mamãe, eu não sou mais seu e nem do papai, sou da vovó", determinou. "Vou para casa da vó de táxi". Tamanha independência sinalizava mudança e aconteceu. Ele mesmo resolveu que não usaria mais fralda a noite, para dormir. E assim foi. A avó até não confiou muito e por garantia colocou uma fralda enquanto ele dormia. O pacotinho acordou bravo e insistiu que não usa mais fralda. E assim foi, desfralde noturno, ato de independência de férias. Mamãe ficou orgulhosa.
xx

primo novo


Que alegria! Os pacotinhos ganharam um primo! É o Diogo, filho do tio Paulo, irmão da mamãe. Este é o quinto primo dos pacotinhos e desempata a conta para o lado dos meninos, agora são 3 meninos X 2 meninas. Claro, que na preferência do pacotinho, as meninas sempre saem ganhando.
Mas, o Diogo chegou em um momento especial, pouco tempo depois do Felipe ganhar o Jonas. Então, ele já assume o papel de mais velho do trio e, ainda na maternidade, olhou o Diogo com aquela curiosidade amistosa. Observou, e de maneira direta comentou "porque o Diogo nasceu pequenininho e o Jonas grandão?!" e toda vez que lhe perguntam do Diogo o comentário é essa pergunta em afirmação. Estranho, mas foi assim.
xx
mamãe

sexta-feira, 16 de julho de 2010

a Beatriz faz

O pacotinho é malandro mesmo. Viu a avó e o avô tomando vinho. Pediu um pouco. Os dois se recusaram a dar, dizendo que não era bebida de criança. Normal. Ele, danado, responde rápido "A Beatriz toma!" Ha! Não colou, mas quase.
xx

volta, não volta

Não teve jeito, a mãe do pacotinho foi obrigada a tomar uma atitude. O sétimo dia sem o danadinho em casa chegou sem notícias de saudade ou retorno. A avó até que tentou animar a turma do lado de cá do rio dizendo
- Acho que ele sonhou com você! Foi o primeiro dia que falou o seu nome!
- Ah! que animador! Quando ele volta?
- Hoje não mamãe, só amanhã
E a mãe se viu impelida a ir vê-lo, e foi. Quando chegou ele dormia cheiroso e quentinho. Beijou, cheirou, fez carinho, deitou do lado e ficou esperando. Quando acordou, ele ficou muito feliz em rever o irmão, pulando na cama. Não se animou muito com a mãe, não quis que ela lhe desse o jantar, não quis ficar no colo, não quis carinho. Crescido, contava tudo o que fez nessa semana. Não usava mais fralda, sabia os horários dos remédinhos homeopáticos, colocava sozinho o sorinho no próprio nariz. Olhou bem nos olhos da mãe e perguntou:
- Ainda é férias, vou ficar aqui. (imaginem o mini-humano falando firme assim!)
- Mas tem mais férias filho, tem a viagem com o papai!
O silêncio dele demonstrou algum sentimento e que um certo vínculo existe entre os dois mundos. Insistir não ia adiantar. E mais uma vez ele conseguiu. A volta ficou para amanhã.

sem notícias

Aconteceu! O menino foi para casa da avó Maria de férias. Digo o "menino" porque certamente o pacotinho não será mais o mesmo. Os boletins são diários, mas pouco conclusivos. "Ele está trabalhando muuuito", "Ele está lavando o quintal!", "Ele está varrendo a garagem", "mamãe, deixei tudo bem limpinho", disse ele mesmo esfuziante ao telefone, mas isso foi só no terceiro dia sem os pais, quando relaxou um pouco . Ele se diverte trabalhando no dia a dia da casa. Joga água para todo lado, lava roupa, arruma a bagunça, ufa! Cansa só de pensar. Ele tá comendo? parece que sim, que comeu uma coisinha. A mãe e o pai estão desolados, sem notícias precisas, sem carinho, sem a presença marcante do pacotinho.

não quer saber de nada

e o pacotinho entrou, finalmente de férias. Foi para a casa da vovó. Disse que não era mais da mamãe e nem do papai. Só da vó Maria e do vô Juca e que ficaria um monte de dias na casa deles. Dito e feito, lá se foi ele. Fez as malas e perguntou se ia de taxi. Não. Mamãe e papai levaram, fizeram questão, mas o menino já estava em outra. Seguro, se despediu da familia, que inclui o irmãozinho mais novo. Agora ele está no recanto que é só dele e reina.
xx

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Maria Fumaça apelido da Locomotiva a Vapor

O pacotinho ganhou um presente mais que especial. Fez uma pequena viagem com o papai e o vô Luiz. O trio saiu de São Paulo e fo i almoçar em Joaquim Egidio, uma vila perto de Campinas. Almoço caseiro, "comida deliciosa mamãe" disse ele, que entende bem de arroz e feijão. Era um dia especial e ele logo foi para a estratosfera com a etapa seguinte do passeio. Foram pegar o trem das 3h30 na Estação de Anhumas em Campinas.
Inacreditável! Um trem completo, a locomotiva a vapor, com carros de passageiros, de restaurante e outros carros de cargas estacionaos no pátio da estação. O clima era de festa e o pacotinho já não ouvia nada, nem ninguem. Ficava olhando para tudo e para todo movimento que conseguia captar. Ficou ali na estação esperando a próxima etapa. Observou a locomotiva engatar os vagões e entrou no carro de passageiro. Se acomodou no colo do pai, na janela, de onde enxerga tudo melhor. Mal respirava, perguntava por tudo o que via, tentando entender, balançando no gingado do trem.
Chegou a Tanquinho, desceu na estação e lá recebeu toda explicação de que precisava. A locomotiva a vapo tinha tanque de agua fria, caldeira de agua quente que prende o vapor e aumeta a pressão que faz o trem andar. Tudo tão lógico que ele entendeu rápido e ficou observando. Porque se joga areia nos trilhos? E aquele apito ensurdecedor? Ele não conseguia tirar o olho do conjunto. Ficou um tempo sentado a beira da estação e correu quando o trem passou, com medo de perder a viagem de volta.
O pacotinho pegou a composição, na volta mais tranquilo, aproveitando a viagem, tomando sorvete e conversando. O vô Luiz totalmente absorvido pela paisagem - a fazenda de café, as casas da estação, as árvores - parecia perdido no tempo e espaço da vida moderna, e sem perceber perpetuava uma memória familiar para suas futuras gerações.
xx
mamãe