terça-feira, 27 de outubro de 2009

escolinha

e o pacotinho foi para a escolinha. Já meio independente e destemido, foi logo gostando do ambiente e avaliando suas possibilidades. Cozinhar na casinha de madeira e brincar no tanque de areia foram seus primeiras interações. Ele nem percebeu que a mãe não estava por perto. Foi ficando e brincando.
xx

fonte da juventude

Outro dia o pacotinho ganhou um presente divino. É uma dessas fontes de água, com bombinha de aquário, meio kitsh, enfeitada com 3 peixinhos, algumas conchinhas, uma estrela do mar.
Ele amou!
Ficou uma noite e o dia seguinte inteirinho envolvido com o funcionamento da fontinha. Pegava a bombinha e mexia na água como se fosse o limpador das piscina e fez uma molhança só.
Almoçou um prato inteiro inspirado pela fonte que borbulhava docemente. E foi observando e descobrindo seus detalhes. Encantado gritava "uma conchona!" Ai! que bagunça! Era água para todo lado.
A Adelaide, as voltas com o pano para secar tudo, logo foi intitulando a brincadeira "a fonte da juventude". O pacotinho gostou e começou a dar banho nos bonequinhos: o cachorrinho Milu, no Tim Tim e o capitão foram parar no fundo do mar.
xx

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A menina do museu

O pacotinho está apaixonado. É sério. Agora, todo dia, quando está sozinho comigo, ele me pede para cantar aquele hit das festinhas de aniversário, “Com quem será?”. Eu vou listando um monte de nomes “que o Felipe vai casar”, mas, a cada um deles, o menino diz não!, convicto. Aninha, não. Júlia, não. Elisa, não. Luísa, não. Lara, não. Adelaide, não. Mamãe, não. Vó Maria, não. Vô Luís, não (ainda bem!).
Então, caprichosamente, eu deixo para o fim aquilo que ele quer ouvir. A menina do museu... E ele grita: sim!
Quem merece?
Sim, ele merece, mas ela não tem nome. É só uma menina – que não sai da cabeça dele. Ocorreu o seguinte: uns dois domingos atrás, levamos o pacotinho para o Museu da Casa Brasileira assistir a um show de música infantil judaica. O lugar tem um jardim lindo, a tarde era de sol ameno, dourado, e a música, uma graça – cenário perfeito para uma paixão. As crianças ficaram todas de frente para o palco, ouvindo, concentradas. Ele estava assim, no meio da turma, até que ela parou do lado dele. Eu vi tudo: ele olhou para ela e, acho, o mundo caiu. Ele ficou olhando fundo, olho no olho, sem falar nada, até que ela se assustou e saiu de lado. Ele foi atrás. Ela virou, e os dois continuaram se olhando. Depois de um longo tempo, com a maior inocência do mundo, o malandro perguntou, sem sequer ficar vermelho: “Você tem nome?” Ela não falou nada e saiu de novo. Ele não desistiu e, quando a alcançou de novo, esticou as duas mãos, uma sobre cada ombro dela. (Eu não estava acreditando...) Antes que o fato se consumasse, o pai dela chegou. Puxou a filha com força, como se a estivesse salvando de um pequeno delinqüente. O menino magoou, tadinho.
Depois disso, ele desistiu do show e ficou vagando a esmo pelo gramado. Achei que ele estava na fossa e tentei dar uma força: “O pai dela era meio bicudo, né?” “Ele é ‘bitudo’”, concordou o pacotinho.
Ele nunca mais vai ver ela, eu sei (crianças transformam-se muito rapidamente; se ele a reencontrar daqui a uns meses, no mesmo lugar, talvez ambos já estejam muito diferentes, e a química não role mais. Será?)
Hoje de manhã, depois de mais um “Com quem será?”, eu simplesmente perguntei para ele: “Você gostou mesmo da menina do museu, filho?”. Ele enterrou a cabeça no meu ombro, envergonhado até de mim, e balbuciou, como quem confessasse o primeiro arroubo do coração: “Pai, eu gostei dela”.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

escolinha

e o pacotinho vai para a escolinha. A escolhida foi aquela do caminho, a da lâmpada marinha. Feliz, hoje ele disse que começará na próxima 6ª feira, já dono da sua vidinha.
:o)
xx
mamãe

que cheirinho é esse...

esse pacotinho não tem jeito... deu para sentir tudo quanto é cheiro. A Adelaide fez uma mistura inusitada de amaciante, alcool e vinagre para passar roupa. Lá da sala o menino ficou em alerta, correu para a cozinha e pergunto "porque você colocou vinagre na roupa?!" Está bem... tamanha sensibilidade olfativa só pode ser herança do papai.
xx
Ale

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

meu mel

o pacotinho foi ao aniversário do amigo Pedro, no parque da Água Branca. Já conhecia o lugar, e para variar, resolveu sair andando e procurar o pavão. Só depois que se concentrou na festinha, que foi boa, com direito a cantoria da Pauleca e da Marina. Cantou e dançou e até pegou (ops ele disse que "robou") um confete da decoração do bolo! Feliz da vida foi para casa com um potinho de mel do sitio do vô do Pedro, super natural, que ele disse que foi o Pooh quem deu!
ai, ai...
xx

rezando

o pacotinho esta rezando para a vó Maria. No meio do Pai Nosso ele pergunta "mamãe o que é ofensa?" perguntou umas três vezes como quem não entende a explicação. Acabou entendendo e fez um carinho na mamãe e perguntou de novo "tô te ofendendo?" ai, ai... conversar com anjo dá nisso.
xx
mamãe

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

uma historia

hoje o pacotinho me contou uma história.
Que ele é pequenininho e vai para o espaço ver a Lua.
Que ela vai ficar com ele, e dormir com ele por uns 10 anos.
Que ele quer vê-la no alto e ficar com ela no espaço.
Até telefonou: "ah Lua, cadê você? Você está no espaço? Ah! Tá chegando? Aqui em casa?
ai... quanto amor!
xx
mamãe