quinta-feira, 1 de julho de 2010

Maria Fumaça apelido da Locomotiva a Vapor

O pacotinho ganhou um presente mais que especial. Fez uma pequena viagem com o papai e o vô Luiz. O trio saiu de São Paulo e fo i almoçar em Joaquim Egidio, uma vila perto de Campinas. Almoço caseiro, "comida deliciosa mamãe" disse ele, que entende bem de arroz e feijão. Era um dia especial e ele logo foi para a estratosfera com a etapa seguinte do passeio. Foram pegar o trem das 3h30 na Estação de Anhumas em Campinas.
Inacreditável! Um trem completo, a locomotiva a vapor, com carros de passageiros, de restaurante e outros carros de cargas estacionaos no pátio da estação. O clima era de festa e o pacotinho já não ouvia nada, nem ninguem. Ficava olhando para tudo e para todo movimento que conseguia captar. Ficou ali na estação esperando a próxima etapa. Observou a locomotiva engatar os vagões e entrou no carro de passageiro. Se acomodou no colo do pai, na janela, de onde enxerga tudo melhor. Mal respirava, perguntava por tudo o que via, tentando entender, balançando no gingado do trem.
Chegou a Tanquinho, desceu na estação e lá recebeu toda explicação de que precisava. A locomotiva a vapo tinha tanque de agua fria, caldeira de agua quente que prende o vapor e aumeta a pressão que faz o trem andar. Tudo tão lógico que ele entendeu rápido e ficou observando. Porque se joga areia nos trilhos? E aquele apito ensurdecedor? Ele não conseguia tirar o olho do conjunto. Ficou um tempo sentado a beira da estação e correu quando o trem passou, com medo de perder a viagem de volta.
O pacotinho pegou a composição, na volta mais tranquilo, aproveitando a viagem, tomando sorvete e conversando. O vô Luiz totalmente absorvido pela paisagem - a fazenda de café, as casas da estação, as árvores - parecia perdido no tempo e espaço da vida moderna, e sem perceber perpetuava uma memória familiar para suas futuras gerações.
xx
mamãe






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