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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Encontro musical

O pacotinho não gosta que a mãe encontre amigos ou conhecidos pela rua. Fica dizendo com voz de quem sabe tudo – Lá vai ela ficar conversando! – e começa a fazer o movimento parecido com tatu bola e menino bobão dizendo: -  Vamos embora mãe! – a mãe realmente, as vezes, dá uma abusada, mas nada justifica a falta de educação de um menino que acha que sabe tudo aos seis anos de idade.
Outro dia ela encontrou uma amiga, cantora, no restaurante favorito, o Alcaparra. Ele e o irmão espiraram de longe e não se envolveram na conversa, mas ficaram curiosos. A mãe, depois de enroscar explicou quem era a pessoa (a mãe sempre explica demais as coisas) e disse que ela era é cantora, coisa que ficou na cabeça do menino. Ao longo da semana a mãe foi mostrando algumas das músicas que ela cantava, descobriu entre elas uma das suas favoritas “O bondinho” gravada no CD do Canções de Ninar da Palavra Cantada, que ele ouve desde bebê. Ela também canta a música do Rato. E assim o menino foi dando mais atenção ao que a mãe dizia e perguntava – Quem é mesmo mãe? E logo se lembrava do evento no restaurante.

A voz da cantora o conquistaria de vez quando no carro da mãe o pacotinho ouviu a música “Canto em Qualquer Canto”. Ná Ozzetti ganhou naquele momento mais um fã. A música é daquelas que despertam na alma do menino uma saudade, um olhar carinhoso e distante, como que lembrando de momentos eternos de um tempo e sentimento que pode ter no futuro, ou teve, em outras vidas


quarta-feira, 20 de junho de 2012

O pai dos pacotinhos foi viajar a trabalho. Os meninos não perguntaram por ele, mas tiveram comportamentos estranho durante um certo período. O primeiro dia o pacotinho ficou insuportável. Era domingo e ele acordou para assisitir Thomas (que ele adora)  e chorou, assistiu a um lindo filme O pequeno motorzinho, e depois chorou. Chorou o dia todo, por tudo e por nada. No segundo dia foi para escola e parecia normal, um pouco crítico, mas normal. No terceiro estava cansado, dormiu cedo. No quarto dia os dois não deixaram que a mãe saísse de casa, queriam até leva-la para escola. No quinto dia...

- Mamãe, quando o papai chega?
- Em 3 dias.
- Mas, quanto tempo faz que ele foi viajar?
- Hoje fazem 5 dias.
- Ele disse que ia viajar só 5 dias!
- Não filho, ele disse que viajaria uma semana, ele contou os dias da semana.
- Ah mãe! Ele chega de manhã ou a noite?

E assim, cheio de saudade ele ganha energia para fazer trens, contar histórias e sonhos. Lembrou de um, que sonhou faz tempo. Que o pai o levava de bicicleta até a estação de trem lá em Campinas, e ele via um trem prata que ele nunca tinha visto antes. Sendo muito gentil com a mamãe ainda explicou "Você e o Jonas ficaram na pousada mãe!" Como o sonho vivo e a lembrança boa preenchendo a saudade (ele ainda não sabe exatamente o que é isso) teve coragem de ir para escola.

xx

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ai que saudade que dá

- Mamãe porque você não foi para Brasilia? o pacotinho perguntou assim, do nada. É porque o papai foi viajar para lá e já fazia três dias que o menino não o via. Mas, o pequeno não entrega os pontos, nem para falar que está com saudade. Mas, meio disperso, comenta "ele foi trabalhar lá, vai dormir, tem cama no trabalho, você sabia?" Não pacotinho, mamãe não sabia e assim como o menino, não quer nem saber.
xx

segunda-feira, 14 de junho de 2010

mensagem da Dinda

"Oi! A gente amou ficar com vcs em São Luiz!... Depois de tantos dias intensos, a gente tem que se acostumar aos poucos com essa ausência. Muitos beijos e boa semana procêis, já com saudades.
PS: Vou aprender a fazer "tangita" especialmente pro Fefê."

Ai Dinda, o pacotiho também sentiu saudades! Cada vez que saia de carro perguntava se a mamãe estava fazendo o caminho para São Luis.
xx

quinta-feira, 4 de março de 2010

telefone

o telefone tocou. Era a Dinda querendo falar com o pacotinho e matar a saudade. Dessa vez o pacotinho atendeu, talvez movido pela mesma saudade, e foi logo intimando "Quando você vem?", "Tenho uma máquina nova", "Você achou a cobra?". "Vou dormir na sua casa", e por ai foi, uns quinze minutos de conversa surpreendentes. Foi a primeira vez que ele conversou com entendimento ao telefone e sem (muita) ajuda da mamãe.