As férias do
pacotinho o levaram de volta ao Hotel Fazenda Termas de Ibirá, lugar que já
tem seu resgistro garantido na memória emocional do menino. As temporadas foram
passando e ele foi conhecendo o terreno e ampliando suas fronteiras e se
enchendo de segurança. É lá que ele guarda sua casa na árvore e faz grandes
descobertas.
A casa é a sua
prioridade, é o primeiro lugar que ele vai quando chega. Cheio de cuidados ele pediu
ajuda para tirar algumas plantas espinhosas que invadiram a casa. Paula, a
coordenadora de atividades que o conhece desde 15 dias de idade, nem pensou em
desobedecer:
- É melhor
mesmo cortar essa planta para que não machuque as crianças – orientou o menino
preocupado enquanto a Paula podava a planta.
Pacotinho com 3 anos na casa da árvore |
A natureza tem destaque em um lugar como esse e a manhã também lhe trouxe a primeira descoberta:
o orvalho. Andando pela grama, cedinho, molhou todo o pé e achou estranho
porque não tinha chovido. Viu um monte de gotinhas guardadas na grama, redondas
e brilhantes.
Gotinha de orvalho |
Depois do café a diversão era dar banana macacos. No primeiro dia foi o pai quem deu,
mas no último ele já dominava a ansiedade e conseguia esticar o braço e a mão ficar paradinha para atrair o bicho.
Comida para os macacos |
Ele também saia
para caminhar, e seu trajeto preferido era ir andando cerca de 800 metros até o
seringal. Está fascinado com a história da ferrovia construída na floresta
amazônica só para escoar a produção de borracha. Lá encontrou um trabalhador
que lhe contou o número de árvores no local (7000) e também como se corta para
fazer a seringueira sangrar. Com o vô Luiz ele voltou da caminhada com um punhado de borracha
bruta.
Foi sua
primeira vez na trilha da mata. Ele seguiu a frente do grupo, privilégio de
conhecer a Paula, e feliz conduziu um mais de 60 pessoas. Saiu apitando como uma
locomotiva pela mata. Em transe ele dizia pelo caminho “Este é o
rio Madeira e aquele ali é o Mamoré”, indicando um caminho. Ah! ele só ficou em
silêncio quando passou pela caixas de marimbondo.
Na piscina construindo vulcões |
Outra descoberta
foi a paina, uma fibra sedosa produzida pela paineira e que coalhou a grama como
se fossem flocos de algodão. Era bonito de se ver e muito mais gostou de ir
juntando uma a uma. Virou brincadeira da tarde, ficar a sombra recolhendo a
paina no bolso.
A sombra da paineira |
Quando tudo parecia muito tranquilo, rolou mais duas aventuras
emocionantes: andar de pedalinho e escorregar no tobogã. Para
ambas o menino avaliou e venceu o medo para poder curtir. O passeio pelo lago
foi tranquilo, mas a descida do tobogã... foi radical!
Passeio, quase radical, no pedalinho |
Tobogã, primeiro com o pai e depois sozinho |
O
que o menino mais praticou em Ibirá foi a construção da sua segurança e
liberdade. Confiante ele nadou sozinho na piscina aquecida, mal alcançando o fundo
ficava na pontinha dos pés e aprendeu a submergir sem tampar o nariz. No último
dia, com sentimentos revirados e ao mesmo tempo muito saidinho, o pacotinho
saiu andando pela fazenda, sozinho e sem avisar a ninguém. Sumiu! Desapareceu!
Deixou a todos preocupados. E mesmo com todos gritando e o procurando ele ficou
lá, escondido, no alto da sua casa da árvore, esperando que o pai fosse
encontrá-lo. Antes disso acontecer todos quase morreram de susto. Ibirá é
sinônimo de aventuras em série!
Pacotinho em um momento de relax |
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