O pacotinho leu a sua primeira frase inteira.
Foi em um livro de histórias, O Duende da Ponte, de
Patricia Rae Wolff.
O livro ele conhecia de cor e estava esquecido
no canto do quarto. A avó um dia pediu que ele lhe contasse a história, só que
dessa vez ele mesmo seria o leitor. Ai
o pacotinho encarou o livro como um desafio e uma esperança; os sustos agora seriam dados por ele
mesmo.
E assim foi, a medida que as palavras iam sendo
pronunciadas por ele mesmo de maneira lenta ficava cada vez mais arrepiante. Um
raciocínio complexo, filosófico até, mas que fez o menino arregalar os olhos e a
avó se admirar.
xx
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