O pacotinho não gosta que a mãe encontre amigos ou conhecidos pela
rua. Fica dizendo com voz de quem sabe tudo – Lá vai ela ficar conversando! – e começa a fazer o
movimento parecido com tatu bola e menino bobão dizendo: - Vamos embora mãe! – a mãe realmente, as
vezes, dá uma abusada, mas nada justifica a falta de educação de um menino que acha que sabe tudo aos seis anos de idade.
Outro dia ela encontrou uma amiga, cantora, no restaurante
favorito, o Alcaparra. Ele e o irmão espiraram de longe e não se envolveram na
conversa, mas ficaram curiosos. A mãe, depois de enroscar explicou
quem era a pessoa (a mãe sempre explica demais as coisas) e disse que ela era é
cantora, coisa que ficou na cabeça do menino. Ao longo da semana a mãe foi mostrando
algumas das músicas que ela cantava, descobriu entre elas uma das suas
favoritas “O bondinho” gravada no CD do Canções de Ninar da Palavra Cantada,
que ele ouve desde bebê. Ela também canta a música do Rato. E assim o menino
foi dando mais atenção ao que a mãe dizia e perguntava – Quem é mesmo mãe? E
logo se lembrava do evento no restaurante.
A voz da cantora o conquistaria de vez quando no carro
da mãe o pacotinho ouviu a música “Canto em Qualquer Canto”. Ná Ozzetti ganhou naquele
momento mais um fã. A música é daquelas que despertam na alma do menino uma
saudade, um olhar carinhoso e distante, como que lembrando de momentos eternos
de um tempo e sentimento que pode ter no futuro, ou teve, em outras vidas
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