terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Hoje ele faz três anos, tá!

Um dia antes de completar três anos o irmão do pacotinho é um menino de olhinhos redondos, escuros, de nariz arrebitado, boquinha carnuda e vermelha e um sorriso irresistível, apesar disso ele é um garoto sério e costuma franzir a testa, a fazer bico fechado para quem não conhece direito.
Ele fala de tudo, conhece todas as cores, se maravilha com cada uma delas. Mas ainda comete alguns errinhos, o que torna ainda mais doce e crescido quando começa a acertar palavras como máquina (máquinica), terminei (pitininei), esfriar (desesquentar), locomotiva (lomocotiva) entre outras. Mas conversa com mais desenvoltura e análise e sempre questiona com uma tréplica "tá? tá? tá?" com um tom que exige a confirmação um certo "você entendeu? É do meu jeito".
Conta os números, sem ser linear (1, 2, 3, 10, 14, 39, 65... 9) faz isso subindo escadas, contando trens... A cabeça já não bate mais na mesa, esta lhe acerta em cheio a boca. Fala alto, em êxtase que demonstra sua empolgação para qualquer novidade, cada nova descoberta, principalmente quando é uma revelação sobre o mesmo objeto ou sujeito que já lhe é conhecido. Ele adora repetir a novidade três vezes seguidas. E também adora perguntar se estamos prestando atenção por mais três vezes seguidas. 
Quando dorme ele tem a placidez dos belos, bochechas redondas e coloridas.  Quando está feliz abraça os amigos com carinho de urso, e quando tímido se esconde nas pernas do pai e da mãe.  Chora quando cansado, fica nervoso e até meio violento quando está com sono.
Ele comia bem, agora come só a comida de casa. Faz boca de jacaré (bem aberta) e quando sai da mesa diz “Estou zastisfeito”. Não é gordo, é grande, esticado, comprido de corpinho todo proporcional. Raramente fica doente e ainda mama para dormir (hoje ele disse para Catarina que não mamava mais). Cabelos encaracolados compridos, não deixa ninguém cortar.
Hoje resolveu crescer mais um pouquinho, durante o lanche da tarde ele deixou de ser alimentado para alimentar... foi colocando vários pedaços de seu pão com requeijão na boca da mãe. Passou a tarde pelado, sem roupa, que para ele é a melhor coisa do mundo. Ele até gostava de se arrumar, mas tanto ontem quanto na semana passada ele pediu para vestir o shorts do Corinthians, está nesta toada há meses, na fase de ter uma roupa só. Adora seu tênis novo (herança não usada do irmão), tipo chuteira de futebol, não tira nem com o calor mais quente do planeta. 
Parte da inspiração do Jonitas para viver vem do irmão, Felipe. É dele que copia opiniões sobre tudo, comportamentos e estilo de brincar. O incrível, que mesmo tendo um modelo tão perfeito, ele consegue deixar sua personalidade transparecer. Então quando o Felipe é calmo, é ele quem fica nervoso. Quando o Felipe é falante, é ele quem ouve. Quando os dois brincam, é o Jonitas que não cede, quer ser o primeiro e apesar da primazia do irmão é ele quem manda mais. Felipe cede, fica magoado. Jonitas não. 
Referência que não pode ficar de fora dessa receita é a vizinha, amiga, amada Catarina, é ela que ele obedece cegamente. Faz tudo para ficar ao lado dela, embarca em todas suas viagens. Foi com ela que aprendeu a fazer uma segunda voz na brincadeira. Mas, hoje, logo hoje, ele decidiu aguarrar-lhe os cabelos, impondo seus limites a garota adorada. 
O que não mudou em três anos foi seu favoritismo pela palavra Não! Ela é usada em qualquer situação, mesmo quando quer dizer sim.



-       - Jonas, dá o brinquedo para seu irmão!
-       - Não!
-       - Jonas, vamos passear.
-       - Não! (seguindo em direção a porta)
-       - Jonas você quer ir na piscina (ele adora)
-       - Não (já pegando a sunga!)
-      - Quer mamar?
-       - sim... se aconchega na mãe e procurando o peito e dorme.

Jonas dormindo e crescendo
xx










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