Aventura em São Luis

Outro dia ao entrar no carro da mamãe o pacotinho disse. "Mamãe, eu e a Dinda sujamos tuuuudo o pneu do carro, encheu de lama". Ah! bom! Ele falava daquela aventura na lama lá em São Luis do Paraitinga no último feriado, de Corpus Christi. A rua, que tem o nome do pai da Dinda, estava um quiabo e todos que resolveram passear voltaram cheios de lama até o cabelo. Menos o menino, que foi resgatado pelo pai no meio do caminho. O carro dormiu fora de casa e estava mesmo com os pneus cheios de lama. Arte de quem se diverte, né?!
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o trem

E o negócio é que o pacotinho andou de trem com a Dinda. Foi no Museu do Imigrante. E adorou. Desde então, ele fala da Maria Fumaça sempre. A Dinda e a Bê cantavam a música do Milton, ponta de Areia. Ele não entendia muito, mas achava lindo as duas cantando juntas. Um dia a mamãe colocou a música para tocar e ficou repetindo, repetindo. E o pacotinho, prestando uma atenção alienada. E de repente começou a chorar. Ele entendeu quando Milton Nascimento entoou "Maria fumaça não canta mais, estrada de ferro mandaram arrancar..." triste, não é? O pacotinho sentido, chorava e questionava "Porque mamãe?, porque?"
Ai!
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ps. o papai mandou um email dizendo "Estamos salvos!" Ele se referia ao relançamento do Ferrorama, coisa de infância nos anos 70.

não sabe brincar

Hoje o Pedro Henrique, vizinho do pacotinho do segunda andar, deu uma passadinha na casa dele. Ele, o Pedrinho, que é um ano mais novo do que o malandro do pacote, ficou super na boa, investigando o território. Foi chegando, viu o Jonas (irmão do pacote), brincou com o tapete de atividades até que o pacotinho chegou. Chegou pegando os brinquedos e brincando, meio que para se mostrar. Se mostrou e não deixava o Pedro Henrique encostar em nada. Ele, que é maior do que o vizinho boa praça, não aprendeu ainda a brincar junto. Brinca quando orientado. E para chamar a atenção, a saidera é dar com a corneta no amigo. Bom... vai virar lenda para quando estes dois estiverem maiores.
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mamãe

questão de tempo

outro dia o papai do pacotinho mostrava, em detalhes, o funcionamento do relógio. Explicava a diferença do ponteiro pequeno e grande, que cada minuto o ponteiro dava uma volta inteira e que em dez voltas chegaria a hora do menino ir para cama. A explicação estava tão boa, que o sono foi embora. E o pacotinho ensaiou ir para cama, mas não coseguiu dormir. Ficou com o tic-tac na cabeça!
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é du Brasil!

A Copa do Mundo está rolando, com uma bola chamada jabulani e a corneta é vuvuzela.
O pacotinho não entende muito bem e no primeiro jogo do Brasil ele comemorou "viva! gol do Torinthians!" e nem percebeu que o timão (que ele nega para contrariar a mãe) já está no seu coração. Aos poucos, a paixão pela bola vai sendo programada com momentos especiais. De camiseta e dominando a arte da cornetagem ele já se organiza com os amigos. Olha ai o Pedro Henrique na varanda com ele!
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mamãe

mapa

Hoje o menino pegou um brinquedo de encaixar e foi dizendo "vamos fazer uma estrada mamãe!". Encaixando os blocos foi formando um trilho e demarcando na outra ponta "aqui é São Luis!", fazendo a volta foi indo até construir São Pauo "aqui é o Ibirapuera". Ainda teve peças suficientes para chegar em Alfenas e Catanduva, exercitou assim seu mapa metal de lugares familiares.

e pronto!

Hoje perguntei para o pacotinho. "Quem deu você pra mim?". Sabiamente, sem titubear, ele responde "foi a Dinda". Resposta segura e amorosa para tudo.
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mensagem da Dinda

"Oi! A gente amou ficar com vcs em São Luiz!... Depois de tantos dias intensos, a gente tem que se acostumar aos poucos com essa ausência. Muitos beijos e boa semana procêis, já com saudades.
PS: Vou aprender a fazer "tangita" especialmente pro Fefê."

Ai Dinda, o pacotiho também sentiu saudades! Cada vez que saia de carro perguntava se a mamãe estava fazendo o caminho para São Luis.
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sopa Dinda

em São Luis do Paraitinga o pacotinho fez as pazes com a sopa.
Claro! O que a magia da Dinda não faz. E de quebra a sopa também é boa!
A primeira foi de legumes um creme delicioso. E depois de feijão com conchinha!
Ah! a mamãe precisa comprar! Fofo mesmo foi quando ele disse "Que bela sopa, bela sopa, que bela sopa!", mexendo a sopa com a colher e se deliciando. Bonitinho demais.
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